Quero mais disto...

gang bang

São duas da tarde e o sol já se está a pôr. Aqui quase que não vejo a luz do dia.
Os pássaros começaram hoje a cantar as 4 da manhã e eu ignorei-os até às 11...e acompanhei-os com dança e música no meu laptop a partir do meio dia.
Está sol e é uma pena já estar a ir embora...

Abro as cortinas e mostro-vos isto...

E as despedidas começam

Com o Natal começam as despedidas...mas são umas despedidas enganadoras...vamos todos para casa, mas quando voltarmos, as coisas não vão estar iguais. A maior parte das pessoas que me rodeiam vão embora, embora mesmo. Há 3 meses atrás foram estas pessoas que me mostraram Wageningen, que me levaram a beber cerveja, que me mostraram onde estava a xilose, que me trouxeram bolos, que me mostraram onde estavam os envelopes...foram estas pessoas que me ensinaram a andar por aqui...e aínda hoje o fazem.
Supostamente agora é hora de passar testemunho...e eu, juntamente com os poucos que ficam, devemos fazer o mesmo pelos que vão chegar em Janeiro.
Esta semana, que quero que passe a correr para voltar, é por todos os motivos a semana mais dificil da minha estadia aqui... E nunca pensei que me fosse custar separar de pessoas que conheço há tão pouco tempo, mas que tenho a certeza serem das poucas pessoas que passaram pela minha vida que eu posso dizer com toda a certeza que não vou voltar a ver.

A lingua do amor

Hoje eu sei que o amor não é para ser percebido por todos. Percebemos que está presente...mas não o entendemos completamente. Porquê?
Hoje descobri que o amor tem uma língua. O amor é francês. Cheguei a ter dúvidas se o amor italiano lhe fazia frente...mas hoje, cá em casa, o amor é francês!
Enquanto lavava a loiça, senti-me no meio de um filme...daqueles a preto e branco...e francês. A cozinha estava inundada de amor... olhei para trás e quase que consegui ver coraçõezinhos a saírem daqueles dois corpos, como nos desenhos animados.
Eu não falo francês. Quero aprender.

E nao pensando em nada...simplesmente retiro-me!

Uma chamada, três pessoas, 2 minutos de espera entre cada pessoa...
Passado uma hora, tudo outra vez para dar entrada no hospital de Ede. Não há hospital em Wageningen, tenho que recorrer à cidade mais próxima. Para dar entrada no hospital, convém marcar uma hora antes de lá aparecer...ninguém nos manda embora em caso de emergência, mas aparentemente as coisas funcionam bem assim, há que cumprir.
Penso que um feríado hoje vinha mesmo a calhar, mas não estou realmente em condições para pensar em nada...

And your nose is bleeding

Chove muito. Fico na cama até parar...não pára.
À medida que me afasto de casa reparo que já estou completamente ensopada.
Foi a viagem mais rápida, acreditem ou não. Os meus pensamentos voaram e quando reparei já estava na estrada que onde quer que eu esteja na altura, me faz voltar imediatamente aqui. Sempre que passo por esta estrada tenho a certeza que é aqui o sítio certo. Não interessam as saudades, não interessa a falta do que fazer...esta estrada faz esquecer tudo!
Quando penso no que me espera à chegada abrando o passo, que é como quem diz, pedalo lentamente. Já estou completamente molhada, mais um bocado não vai fazer diferença.
Experimentei fazer o que nunca fiz, muito menos num dia de chuva...parar naquela estrada..e tentar juntar todos os pensamentos que me fazem voar até lá mas que lá chegando deixam de fazer sentido.
Foi bom.
Um dia que começou mal, ou nem sequer começou porque mal dormi mas que pode ser que se vá compondo à medida que tudo na minha cabeça vai ficando claro.

Bloc Party

Coliseu dos Recreios
18 de Maio.
Quero ir.